O corpo feminino como um território saturado de significados, sensações e simbologias. Um território habitado por heranças e narrativas. Uma topografia constituída com vulcões em estado de erupção, e também por espaços inabitados como um deserto. Um território que ecoa o som mais profundo de um abismo, ou a melodia mais singela de um riacho driblando as pedras em seu caminho. Constituído de carne e devires é o corpo-território feminino. A performance foi criada pela dançarina Liana Gesteira, do Coletivo Lugar Comum, em uma investigação prática e teórico sobre gênero e identidade, que traz a tona uma reflexão da relação da mulher com o seu próprio corpo.
2013 foi o último ano de apresentação da performance Topografias do Feminino, dentro do projeto Corpos Compartilhados, uma itinerância de solos do Coletivo Lugar Comum. A suspensão da apresentação de Topografias do Feminino, abre hoje a possibilidade de criação de outro solo da dançarina Liana Gesteira, ainda em processo.
Em 2011 Topografias do Feminino nasceu de um desejo de articular um projeto teórico e prático sobre o tema gênero e identidade, que foi apresentado no Seminário de conclusão da especialização em Dança da Faculdade Angel Vianna em Recife (PE).
Ainda em 2011 o solo se apresentou no projeto Quartas Belas, no Espaço Muda, em Recife (PE), no Festival de Inverno de Garanhuns (PE), no espaço Gira Dança em Natal (RN) e no Festival de Artes Cênicas de Triunfo (PE). Em 2012 se apresentou no Seminário Angel Vianna no Rio de Janeiro (RJ).
Em 2012, a performance integrou o projeto de Corpos Compartilhados, que reuniu 4 solos do Coletivo Lugar Comum para apresentações. Com o espetáculo Corpos Compartilhados, em 2012 o Lugar Comum participou do Janeiro de Grandes Espetáculos, sendo premiado melhor espetáculo pelo Júri, e do projeto Modos de Existir: Coletivo, um encontro realizadopelo SESC de São Paulo, para discussões e apresentações artísticas entre coletivos doBrasil.
O projeto de circulação de Corpos Compartilhados, realizado com recursos do FUNCULTURA ao longo de 2013, garantiu uma série de 10 apresentações gratuitas pelo Recife e Região Metropolitana em espaços alternativos como a Associação Comunitária da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes; a Escola Municipal José Collier, na Vila da Fábrica, em Camaragibe; o Teatro Barreto Jr, no Cabo; Mercadoda Ribeira e Biblioteca Pública Municipal, em Olinda e o Centro Apolo-Hermilo no Recife, na programação do Festival Palco Giratório. E também o MAMAM (Museu deArte Moderna Aloísio Magalhães), na Rua da Aurora, no Recife e o SESC São Lourenço,na cidade de São Lourenço.
Concepção, criação e atuação: Liana Gesteira
Colaboração artística de corpo: Maria Agrelli, Renata Muniz e Silvia Góes
Orientação do trabalho de voz: Conrado Falbo
Orientação pesquisa teórica: Maria Acselrad
Criação figurino: Maria Agrelli
Trilha Sonora: Caio Lima e Hugo Medeiros (Rua)
Poemas citados na performance: Viviane Mosé (retirados do livro Pensamento Chão)
Duração da performance: 20 minutos