Mortes, perdas, despedidas, saudades. Memórias, ausências, ruínas de um futuro que evoca sem cessar a presença que já não está. Uma narrativa tão cotidiana no mundo dos vivos quanto cheia de dores, perdões, belezas e mistérios. LEVE, espetáculo do Coletivo Lugar Comum, foi concebido e montado pela primeira vez em 2009, reunindo artistas recifenses na vontade de levar à cena os espasmos de acontecimentos reais, de temas tão recorrentes à condição humana, desnudando-os no encontro. Os corpos, movimentos, música, cenário, figurino e iluminação, tudo está junto, delicadeza e desespero levemente trançados num bordado em que tudo no palco fala, se complementa e silencia bem perto, fazendo do público parte do espetáculo. As sensações de impotência, dor, raiva, angústia, vazio, alívio, se mesclam, desveladas pelos corpos das bailarinas Maria Agrelli e Renata Muniz e pela atmosfera criada com os elementos cênicos.
Em junho de 2014 o espetáculo Leve comemorou cinco anos de aniversário extrapolando as fronteiras nacionais com a realização do primeiro projeto de circulação internacional pela América do Sul (Chile, Argentina e Uruguai), incentivado pelo FUNCULTURA. A montagem estreou em 05 de junho de 2009, com uma trajetória de sucesso e premiações, incluindo melhor espetáculo júri oficial e popular, trilha sonora,iluminação, cenografia e bailarina no Prêmio de Teatro e Dança concedido anualmente pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco, em 2010. Participou do Festival Palco Giratório, importante iniciativa no cenário nacional das artes cênicas, circulando por 15 estados diferentes e foi visto em 33 cidades do Brasil. Desde sua estreia já foi assistido por mais de cinco mil pessoas, emocionando o público por onde passa. A trajetória de LEVE no Brasil é marcada também por pioneirismos. Foi o primeiro espetáculo de dança em Pernambuco apresentado com áudio-descrição para pessoas cegas, em 2011, durante o Festival Palco Giratório. Em 2012, se consolidou como o primeiro trabalho de artes cênicas no estado a realizar uma temporada completa com acessibilidade comunicacional emtodas as sessões. Foram 16 apresentações ao todo, com áudio-descrição e intérprete de Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais.
FICHA TÉCNICA Concepção, criação e coreografia: Maria Agrelli e Renata Muniz Bailarinas-criadoras: Maria Agrelli e Renata Muniz Assistente de coreografia e bailarina substituta: Liana Gesteira Consultoria artística: Valéria Vicente, Maria Clara Camarotti Preparção corporal: Liana Gesteira, Luiz Roberto Silva, Kiran Preparação vocal: Conrado falbo Trilha sonora original: Isaar Trilha sonora (execução): Isaar, João do Cello (violoncello), Claudio Rabeca (rabeca) e Lito Viana (violão e baixo) com faixa original de Patricia Polaynna Iluminação (criação e execução): Luciana Raposo Figurino (criação): Maria Agrelli Figurino (execução): Maria Lima Cenárioe design gráfico: Isabella Aragão e Luciana De Mari Cenário (execução): Martiniano Almeida Cenotécnico e operador de som: Almir Negreiros Produção: Coletivo Lugar Comum Fotos: Breno César e Silvia Góes Duração do espetáculo: 50 min