De 02 a 08 de outubro de 2017 a cidade histórica de Olinda recebe o Contato Coletivo – III Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco (www.contatocoletivo.com.br). O Contato Coletivo nasceu do encontro de artistas do Coletivo Lugar Comum com outros pesquisadores e dançarinos da prática no Brasil e em várias outras partes da América Latina.
Esta é a terceira edição do nosso Contato Coletivo, as duas primeiras aconteceram em 2013 e 2015, um convite a fortalecer a rede e recriar espaços de diálogos, de compartilhamentos, de investigação, de convivência, de parcerias e de afetos, onde o corpo é o suporte de todos os acontecimentos, em toda sua dimensão rítmica, poética, holística, material e singular. Um convite a dançar a experiência no tempo do instante, onde entrega e resistência, permanência e movência se tocam e se expandem.
O que é um encontro de Contato Improvisação? É um espaço para o imprevisível. Uma possibilidade de espanto. Um estado de abertura e novos enraizamentos, de antigas descobertas, de contradições e espasmos. Uma provocação para trocas, para estar-se, para não ser e experimentar-se em transformação enquanto movedor, movimento, impulso e movência, tudo isso na partilha, dos olhos, da pele, do pulso, do centro, do chão, no denso, no leve, no dentro, com… Um encontro onde o outro somos, é coletivo, um contato para muitas improvisações. Um estado latente de criações que se realiza no tempo dos corpos compartilhados.
Além do Contato Coletivo, o Nordeste do Brasil movimenta ainda o EmComTato Festival de Contato Improvisação, de 28 de outubro a 5 de novembro, na cidade de Palmeiras, localizada na Chapada Diamantina, na Bahia. Para o EmComTato as informações e inscrições estão disponíveis no site www.dancaimprevista.com/emcomtato-festival.
A agenda do Contato Improvisação tem mobilizado cada vez mais gente ao redor do planeta numa comunidade de prática que se encontra com frequência e vai se fortalecendo em várias partes. Corpos, culturas e línguas diferentes em relação na construção de novos paradigmas de convivência e estudos do movimento. Para aprofundar a pesquisa sobre a presença da prática no Brasil e no mundo, o calendário dos encontros por aí e a história do CI dá para achar várias informações também no site Contato Improvisação Brasil (http://contatoimprovisacao.wixsite.com/cibr).
Segundo o ‘artista-educador-investigador’ Hugo Leonardo (criador do EmComTato e um dos professores convidados para o Contato Coletivo deste ano), em seu livro Desabituação Compartilhada, fruto da sua tese de doutoramento pela Universidade Federal da Bahia, esse nome para a prática “se estabeleceu em português como tradução para Contact Improvisation, uma específica proposta de investigação do movimento e dança ‘batizada’ no ano de 1972 em Nova Iorque, nos EUA, a partir do trabalho de dançarinos que emergiam da tradição da dança moderna com propostas vanguardistas, tendo como principal referência o estadunidense Steve Paxton”.
Paxton estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Steve Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960 dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo. “De fato, o Contato Improvisação se estabelece posteriormente como uma comunidade de prática internacional caracterizada por forte autonomia dos que a ele se dedicam”, diz Hugo Leonardo em sua obra.
Prática caracterizada pela abertura e diálogo, incluindo a interface de relacionamento com outros sistemas e técnicas (Técnica de Alexander, BMC, Aikido, Música Orgânica, entre outras), marcada pela autonomia, liberdade e espaço para investigações singulares em coletividade, o Contato Improvisação também movimenta em torno de cada encontro proposto ao redor do mundo discussões sociais, políticas e econômicas baseadas no próprio fazer de cada evento a partir de um pensamento que envolve um “idealizar, realizar e gerir em comunidade”.
O Coletivo Lugar Comum convida você para mais uma ação do projeto OCUPANDO A CASA.
Entre 25 a 28 de Maio, realizaremos uma mostra de solos que vai reunir trabalhos de dança, teatro e performance. A Mostra conta com incentivo do Funcultura.
Uma nova chance para ver aquele trabalho que você perdeu e para conhecer novas criações de artistas da cidade.
Confira nossa programação, chame a galera e apareça!
25/05 (quinta)
19h30
Microclima (trecho) – Iara Campos
Terezinha – Rebeca Gondim
26/05 (sexta)
19h30
A Dor de Pierrot: 80 aos pedaços – Gardênia Coleto
Great Fake (trabalho em processo) – Jorge Kildery
27/05 (sábado)
19h30
The Sound Between – Luciana Freire D´Anunciação
Maria de Ascenso – Maria Agrelli
28/05 (domingo)
18h
A Receita – Naná Sodré
O caderno rosa de Lori Lamby, uma leitura – Silvia Góes
Quanto?
R$20,00 (inteira)
R$ 10,00 (meia)
Onde?
Coletivo Lugar Comum, Rua Capitão Lima, 210, Santo Amaro (ao lado da TV Jornal e em frente à igreja católica).
O Coletivo Lugar Comum convida para a Temporada do espetáculo Segunda Pele, que vai acontecer nos dias de sábado, domingo e segunda, de 16 de abril a 9 de maio, sempre as 19h, na Casa do Coletivo Lugar Comum. A temporada é dedicada a nossa linda costureira Xuxu, que esteve conosco na criação do espetáculo em 2012, e continua em cena até hoje em nossos corações e em nossas peles.
Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), e o espetáculo tem classificação indicativa para maiores de 16 anos. As vagas para assistir ao espetáculo são limitadas, por isso garanta sua entrada fazendo reserva pelo telefone ou whatsapp: (81) 99229-5620.
A temporada vai contar também com duas apresentações com acessibilidade (áudiodescrição e libras), seguida de bate papo entre artistas, público, audiodescritora e intérprete de libras. As apresentações com acessibilidade serão nos dias 30 de abril e 1 de maio. Interessados devem fazer sua reserva também pelo telefone ou whatsapp: (81) 99229-5620
Todas as apresentações ocorrerão às 19 horas na sede do Coletivo Lugar Comum – Rua Capitão Lima, n° 210, Santo Amaro – Recife. E a temporada tem o incentivo do FUNCULTURA – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura.
Segunda Pele
Quantas vestes precisamos deixar pelo caminho para completar cada um dos nossos ciclos singulares de desnudamentos gerúndios? O que significa desnudar-se? Aquilo que usamos sobre o corpo, o que nos adorna ou o que vestimos, também traz em si as informações culturais, sociais, políticas, os gritos, silêncios, prisões e liberdades, a identidade de um povo, de uma época ou de um homem, de uma criança, de uma mulher. O que veste o espaço além do corpo? Que desenhos a vestimenta imprime no ambiente compartilhado entre a presença e o ar? Plástico, elástico, arame, vidro, velcro, poliestireno celular rígido, como a nossa pele, o nosso corpo e o outro reagem ao contato? A memória também é uma roupa que usamos? Tecido, costura, cor, vento, textura, raízes, asas, o que tudo isso provoca da superfície ao avesso? O Coletivo Lugar Comum apresenta Segunda Pele. O espetáculo estreou em novembro de 2012. Em 2013 foi encenado no 19º Janeiro de Grandes Espetáculos. Agora, numa recriação coletiva, Segunda Pele reestreia de roupa nova, novas vestes e novos desnudamentos em cena, ampliando o mergulho experimentado na montagem anterior. Movimento que assombra, revela e marca.
Nos dias 6 e 7 de novembro as artistas Lorena Cronemberger e Liana Gesteira, do Coletivo Lugar Comum, vão apresentar o resultado da pesquisa “Aéreo Improvisado”, no Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h, dentrod a programação do Festiva de Circo do Brasil. A pesquisa artística parte da fricção, da interseção e descoberta de atravessamentos entre Tecido Acrobático e a prática do Contato Improvisação. A pesquisa vem sendo desenvolvida por Lorena Cronemberger, e tem orientação artística da bailarina Liana Gesteira, ambas integrantes do Coletivo Lugar Comum, e traz como proposta de resultado levar para o público um trabalho em processo (work in progress) . É circo e dança, voo e salto, mergulho e contato. A subversão do encontro no movimento do ar. Durante 6 meses de pesquisa foram pesquisadas outras maneiras de habitar o tecido. Ventos, balanços, pesos e raízes, criando espaços outros, próprios, tempo e gravidade desenhando assombros, horizontes verticais na expressão do corpo artístico em criação constante. O projeto conta com o incentivo do Funcultura e foi idealizado pela artista Lorena Cronemberguer, que há 10 anos tem experência com Tecido e nos últimos dois anos tem se dedicado a praticar Contato Improvisação.
Teatro Hermilo Borba Filho
Sexta 06/11 e Sábado 07/11, às 20h
Entrada gratuita!
Bailarina, improvisadora reconhecida pela força do seu trabalho, coreógrafa, diretora, performer e professora de dança, a artista Dudude Herrmann (MG) está no Recife (PE) durante toda esta semana para a realização de uma residência artística com os integrantes do Coletivo Lugar Comum. O encontro vai culminar com uma apresentação pública dos resultados, uma intervenção poético-performada em algum espaço da cidade, no próximo sábado (19), pela manhã, a partir da experiência da intervenção urbana “Como habitar uma paisagem sonora”, trabalho de Dudude Herrmann em parceria com o artista Marcelo Kraiser. O local exato será definido ao longo das trocas diárias que estão acontecendo desde segunda, das 10h às 13h, na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua do Lima, 210, Santo Amaro. Com exceção desta quarta-feira, único dia em que os artistas se encontram à tarde, das 15h às 18h.
Com incursões em várias linguagens artísticas, da dança às artes plásticas, da música ao teatro, Dudude Herrmann atua no cenário brasileiro das artes cênicas desde o início da década de 70. Fez parte da geração formada pelo TransForma Centro de Dança Contemporânea, criado e gerido por Marilene Martins, onde permaneceu de 1970 a 1981, primeiramente como aluna e mais tarde como bailarina, professora, coreógrafa e durante um ano (1981) como diretora artística do Grupo TransForma. Foi nessa época que realizou seu primeiro trabalho coreográfico, Escolha seu Sonho. Desde então segue seu caminho, traçando sua trajetória no entendimento e na invenção de uma linguagem contemporânea de dança. Fundou e dirigiu a Benvinda Cia de Dança de 1992 até meados de 2007, no intuito de aprofundar e inventar uma dança conectada aos nossos anseios brasis. Pesquisa e experimentação avançam juntos no trabalho de Dudude Herrmann, que investiga a dança dentro de uma linguagem contemporânea, discutindo o humano do nosso tempo como fonte e recurso para seus trabalhos. Dudude está à frente de seu trabalho construindo lugares fomentadores e transformadores na questão do pensar, através de um corpo presente que escuta, registra e escreve a dança que o habita. Trabalhou como professora e/ou coreógrafa para o Grupo Galpão, Cia Burlantins, Grupo de Dança 1º Ato, Companhia de Dança do Palácio das Artes, Grupo do Beco do Conglomerado Santa Lúcia, Oficinão Galpão Cine-Horto.
O encontro com Dudude Herrmann é parte do projeto Contato Coletivo, que segue na semana de 21 a 27 de setembro, com oficinas, apresentações de performances e JAMs abertas ao público em geral com destaque para a prática do Contato Improvisação. Pela segunda vez, Recife, capital pernambucana, estará respirando a dança gerada na prática do Contato Improvisação durante uma semana com atividades diárias de manhã até a noite e a presença de nomes importantes na recente história do Contato em toda a América Latina. Para participar, basta se deixar mover pelo desejo da troca. O Contato Coletivo – II Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco, projeto idealizado pelo Coletivo Lugar Comum com incentivo do FUNCULTURA, recria espaços de encontro, de compartilhamentos, de investigação, de convivência, de parcerias e de afetos, onde o corpo é o suporte de todos os acontecimentos.
DANÇARINOS DO CHILE E DE VÁRIAS PARTES DO BRASIL SE ENTREGAM AO IMPROVISO DURANTE UMA SEMANA NA CIDADE DO RECIFE DURANTE O II ENCONTRO DE CONTATO IMPROVISAÇÃO DE PERNAMBUCO
As inscrições são gratuitas e estão abertas até esta segunda, dia 24 de agosto
Pela segunda vez, Recife, capital pernambucana, estará respirando a dança gerada na prática do Contato Improvisação durante uma semana com atividades diárias de manhã até a noite e a presença de nomes importantes na recente história do Contato em toda a América Latina. Para participar, basta se deixar mover pelo desejo da troca. O Contato Coletivo – II Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco, projeto idealizado pelo Coletivo Lugar Comum com incentivo do FUNCULTURA, recria espaços de encontro, de compartilhamentos, de investigação, de convivência, de parcerias e de afetos, onde o corpo é o suporte de todos os acontecimentos. As inscrições para as oficinas são gratuitas e estão abertas até a próxima segunda, dia 24 de agosto, pelo site www.contatocoletivo.com.br. A programação acontece de 21 a 27 de setembro. O resultado dos selecionados será divulgado por email para cada participante no dia 28 de agosto. Todas as oficinas vão acontecer na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua do Lima, 210, Santo Amaro, no período da manhã e tarde, sempre das 10h às 13h e das 15h às 18h.
As oficinas gratuitas trarão ao Recife os professores, pesquisadores e dançarinos Javiera Sanhueza (Chile), Ana Alonso (SC), Fernando Neder (RJ) e Hugo Leonardo (BA), quatro dos mais importantes na América Latina na divulgação, realização e construção da história do Contato Improvisação. Além das oficinas, as Jams vão movimentar as noites da cidade, das 19h às 21h30, em vários espaços culturais do Recife, uns dedicados à dança, outros às artes em geral, uns públicos, outros privados, recriando parcerias e movimentos. O termo Jam vem da expressão jazz after midnight, quando os músicos de jazz americanos passaram a se encontrar depois do trabalho para improvisar livremente. Depois o termo Jam passou a ser usado também para os encontros de prática livre de Contato Improvisação. As Jams de dança são abertas ao público em geral num espaço para o livre improviso a partir do contato corporal, promovendo trocas entre criadores e proporcionando igualmente novas vivências de movimento para quem tem e para quem não tem experiência em dança. Durante o encontro haverá ainda apresentações das performances “Corpo Ambiente” (RJ) e “Feito de Nós Mesmos” (PE) e algumas das Jams da agenda terão música ao vivo em movimento e criação também improvisados pelos músicos Caio Lima, Hugo Medeiros e Mateus Alves. Os espaços parceiros são: Compassos Cia de Danças, Coletivo Sexto Andar, CAC – Centro de Artes e Comunicação da UFPE, Espaço Experimental, Torre Malakoff e Espaço Vila. Todos os eventos noturnos são gratuitos e abertos ao público, é só ficar de olho na programação e chegar, nem precisa se inscrever.
O Contato Improvisação desenvolve um trabalho corporal, a partir do diálogo físico entre duas ou mais pessoas. Consiste num trabalho em dupla, ou em grupo, em que o peso e contrapeso são a chave para o movimento acontecer, de forma improvisada, mas consciente, na relação entre corpos. Não é necessário ser bailarino ou ter experiência anterior para participar das atividades. No site www.contatocoletivo.com.br você pode conferir os dias e horários da programação completa, as sinopses de cada oficina e também o currículo completo dos professores convidados.
SOBRE O CI – Segundo a dançarina e facilitadora Ana Alonso, “o Contato Improvisação é uma prática corporal de improvisação com foco na relação. Inspira-se no encontro entre as pessoas para além das palavras, em que a lógica e o significado não estão predefinidos em termos de movimentos. O que vai defini-los são os corpos e o meio que compartilham. Jogos de equilíbrio, apoio, fluxo de movimento e colaboração para que o movimento entre os corpos aconteça são comuns. Cumplicidade, confiança e intuição são fatores importantes desenvolvidos nessa prática, porque há interesse de acessar “um outro eu mesmo”, “o outro” e “um outro acontecimento” e de nisso se revelar o inesperado, pois se busca experimentar na relação liberdade frente a certos pré-determinismos sociais. A prática do Contato Improvisação promove, em geral, transformação do uso do corpo e do fluxo do movimento, e se dá em íntima interdependência dos corpos no diálogo. Com isso, cria comunicação com a oportunidade de, ao mesmo tempo, jogar com paradigmas socioculturais e também recriar o mundo, por meio do diálogo de interações a cada encontro”.
O site Contato Improvisação Brasil (contatoimprovisacao.wix.com/cibr) traz mais detalhes sobre a presença da prática no Brasil e no mundo, o calendário dos encontros e a história do CI.
O Contato Improvisação foi proposto em sua origem por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
O pernambucano Coletivo Lugar Comum acaba de abrir inscrições para oficina Multiplicando olhares sobre o corpo que dança. As aulas terão início no dia 19 de agosto e acontecerão sempre às quartas-feiras, durante quatro meses. Para se inscrever basta enviar breve currículo e carta de intenção (com 10 linhas no máximo) destacando também se a disponibilidade de horário do aluno ou aluna é nas quartas pela manhã ou à tarde ou nos dois turnos. O endereço é [email protected]. As inscrições estarão abertas até o dia 12 de agosto e os alunos selecionados receberão retorno por e-mail até o dia 16 de agosto. São ao todo 20 vagas, sendo dez vagas para pessoas cegas. A oficina é voltada para alunos iniciantes, a partir dos 16 anos, interessados em compartilhar novas experiências e novos olhares sobre o corpo e o movimento. As aulas e a inscrição são gratuitas e acontecerão na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua Capitão Lima, 210, no bairro de Santo Amaro, Recife/PE.
A oficina de iniciação em dança Multiplicando olhares sobre o corpo que dança vai abordar aspectos teóricos sobre o movimento, anatomia e diferentes técnicas presentes no universo e na história da dança através da leitura de textos e discussões, além de exercícios práticos desenvolvidos a partir da experiência corporal das artistas Maria Agrelli, Renata Muniz e Silvia Góes, do Coletivo Lugar Comum. Ao todo são quatro meses de aulas práticas e teóricas de iniciação em dança dedicadas ao desenvolvimento de um trabalho de conscientização pelo movimento em que a sensibilização aconteça também pela troca em sala de aula entre pessoas cegas e outras pessoas sem deficiência aparente interessadas na experiência de compartilhar descobertas corporais a partir deste encontro.
O projeto, incentivado pelo FUNCULTURA, engloba também a realização de eventos artísticos na sede do Coletivo Lugar Comum, somados a debates e discussões focados prioritariamente no público cego, cuja voz será o norte para novas propostas que possam transformar a relação de sua presença nos espetáculos de dança com acessibilidade oferecidos em Pernambuco. A cada mês, grupos e artistas que já apresentaram espetáculos com áudio-descrição ao longo de sua trajetória serão convidados para um evento artístico, com apresentações seguidas de debates. A proposta é que o encontro se consolide como um espaço aberto para troca de saberes entre profissionais das artes cênicas que têm interesse em investir em acessibilidade, profissionais da área de acessibilidade propriamente dita e o público cego da cidade, criando um território onde dar e receber se misturem, proporcionando assim um melhor conhecimento das necessidades e desejos particulares e compartilhados no sentido de impulsionar a presença das pessoas cegas nos espetáculos e teatros locais.
Além de aproximar o público cego da vivência corporal em dança trazendo elementos de técnicas diversificadas, o projeto Multiplicando olhares sobre o corpo que dança, através das discussões e de um Blog que será alimentado ao longo da trajetória, vai traçar um panorama sobre facilidades e dificuldades, acertos e erros na busca pela garantia da acessibilidade aos espetáculos como direito do público cego e prioridade de investimento dos grupos e artistas de Pernambuco. Tudo isso poderá servir de instrumento para qualquer artista, produtor, grupo ou entidade pública ou privada que pretenda ampliar a presença do público cego às obras criadas e apresentadas no Estado, fazendo com que o desejo da troca se realize e os equipamentos de áudio-descrição nos espetáculos sejam mais do que recursos silenciosos esperando ansiosamente por um público que não chegou ainda.
FOTOS: espetáculo de dança LEVE, do Coletivo Lugar Comum, o primeiro de dança em Pernambuco que realizou uma temporada inteira com acessibilidade. Fotografias de Silvia Góes.
Estão abertas até o dia 14 de agosto as inscrições para o workshop “Estar Suspenso”, um trabalho que une dança e acrobacias circenses em equipamentos aéreos, numa busca por novas conexões com o movimento. A iniciativa trará ao Recife a atriz, bailarina e acrobata Carol Cony (RJ). Terá duração de dois dias e vai acontecer nos dias 22 e 23 de agosto, das 9h às 13h, no Espaço Vila, em Santo Amaro, Recife/PE. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do formulário disponível no blog aereoimprovisado.wordpress.com ou direto através do link aereoimprovisado.wordpress.com/inscrições/. A seleção dos 15 participantes será feita pela equipe do projeto e o resultado final divulgado no dia 17 de agosto. Durante o encontro os participantes poderão vivenciar uma nova maneira de se movimentar sobre os aparelhos aéreos com exercícios voltados para a composição cênica. Os alunos entrarão em contato com novas possibilidades criativas, tanto no chão quanto nos aparelhos aéreos circenses (trapézio e tecido acrobático), podendo dar continuidade ao trabalho em sua pesquisa pessoal.
Carol Cony vive no Rio de Janeiro desde 2003 e atuou no elenco do grupo de circo Intrépida Trupe, de 2006 a 2011. Participou de importantes festivais nacionais e internacionais como: Festival Europália (Bélgica-Bruxelas), Festival de Teatro de Quito (Equador), Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte (MG), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Festival de Circo do Brasil (PE-Recife), Festival Internacional SESC de Circo (2013), entre outros. Dirigiu e atuou no espetáculo Circo Strada, que realizou duas temporadas no jardim do Museu da República (2012/13) atingindo mais de 400 pessoas por dia. Entre os prêmios recebidos estão o de melhor número de circo na mostra do Fil, com o número de trapézio Tarja Preta em 2012 e melhor companhia profissional com o número de trapézio “Juguete para dos Nenas”, com Juliana Medella e dirigido por Raquel Karro.
A realização do workshop integra a programação do projeto de pesquisa “Aéreo Improvisado”. A proposta parte da fricção, da interseção e descoberta de atravessamentos entre o Contato Improvisação (assim como outras práticas ancoradas no improviso e utilizadas no treinamento do corpo que dança) e a técnica do trapézio e tecido acrobático, com a proposta de subverter o uso do aparelho aéreo circense, gerando novas criações. Serão ao todo seis meses de trabalho, com atividades abertas a artistas, estudantes e professores de circo e dança e ao público em geral interessado na prática da acrobacia aérea. O projeto, idealizado pela artista Lorena Cronemberger, do Coletivo Lugar Comum, com incentivo do FUNCULTURA, envolve treinamento técnico dos aparelhos com encontros semanais; orientação prática de Contato Improvisação com a bailarina Liana Gesteira (Coletivo Lugar Comum – PE); além de uma mini residência e deste workshop com a bailarina e acrobata Carol Cony (RJ) e mais uma apresentação pública dos resultados ao final do percurso. É circo e dança, voo e salto, mergulho e contato. A subversão do encontro no movimento do ar. Ventos, balanços, pesos e raízes, criando espaços outros, próprios, tempo e gravidade desenhando assombros, horizontes verticais na expressão do corpo artístico em criação constante.
Antecedendo a realização do workshop, de 17 a 21 de agosto, acontece uma mini residência, proporcionando um encontro de experiências entre a pernambucana Lorena Cronemberger e a artista Carol Cony. As práticas serão focadas na construção de um corpo extra–cotidiano e cênico no aparelho aéreo, subvertendo os movimentos tradicionais e criando uma pesquisa baseada nas diferentes qualidades de movimentação, com o intuito de gerar “aberturas criativas” durante o processo a partir dos movimentos-sequencias vivenciados sobre, sob, ou em torno do aparelho.
A orientação prática de Contato Improvisação conta com a participação da bailarina Liana Gesteira, que atua em Pernambuco e vive a dança há mais de vinte anos. Liana é artista integrante do Coletivo Lugar Comum desde 2009. É especialista em Dança pela Faculdade Angel Vianna/Compassos (2011). Iniciou seus estudos em dança pela técnica de balé clássico em 1990. Profissionalmente integrou o elenco do Grupo Experimental (1999/2001), o Grupo Grial (2003/2005) e a Cia. Etc (2009 a 2012) desenvolvendo sua formação na área de dança contemporânea. Entre 2005 e 2008 residiu em Brasília, desenvolvendo sua formação na área de dança contemporânea a partir de aulas com Luciana Lara (ASQ Companhia de Dança) e de Contato e Improvisação, com Giovani Aguiar (DF). Entre 2011 e 2013 aprofundou seu conhecimento em Contato Improvisação tendo aulas com os professores Ricardo Neves (SP), Eckhard Muller e Daniela Schwartz (ARG), Paulo Mantuano (RJ), Hugo Leonardo (BA), Camillo Vacalebre (Ita), Duda Freyre (PE), Autarco Arfini (ARG), Guto Macedo (RJ), Ana Alonso (SC) e Catalina Chouhy (URG). Em 2013, foi coordenadora geral do “Contato Coletivo – I Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco”, promovido pelo Coletivo Lugar Comum em Olinda.
O projeto, incentivado pelo FUNCULTURA, fundo de incentivo à cultura do Governo de Pernambuco, acontece a partir de uma parceria com o Coletivo Lugar Comum e o Espaço Vila.
“A ampliação da prática de aéreo é um desafio, dado que se trata de uma prática onde a técnica é utilizada de forma limitada, em contradição com o risco que a atividade abarca”, diz Lorena Cronemberger. “O Contato Improvisação desenvolve um trabalho corporal de conscientização e potencialização da presença a partir do diálogo físico entre duas ou mais pessoas e trazer o Contato Improvisação para essa pesquisa tem como pressuposto ampliar a interação do artista circense com o próprio aparelho, entendendo-o como um outro corpo. Além disso, o trabalho de Contato Improvisação desenvolve no indivíduo a capacidade de realizar movimentos físicos com mais consciência e paciência. Também auxilia no desenvolvimento da expressividade, propiciando um momento em que a pessoa possa mergulhar de maneira mais aprofundada nas próprias ações, atitudes e imaginação”, completa.
O Contato Improvisação foi proposto em sua origem por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
SERVIÇO:
Workshop ESTAR SUSPENSO
com Carol Cony (RJ)
Dias 22 e 23 de agosto
Das 9h às 13h
Inscrições gratuitas pelo Blog: aereoimprovisado.wordpress.com/inscrições/
Onde: Espaço Vila, Rua Radialista Amarílio Nicéas, nº76, Santo Amaro, Recife/PE (Em frente ao prédio da TV Jornal).
Venha soltar a voz com a gente!
O Coletivo Lugar Comum promove oficina com Conrado Falbo no dia 25/07.
A proposta é enfocar a improvisação com movimento como ferramenta para a expressão sonora do corpo. O trabalho será realizado ao longo de um dia de imersão, e é direcionado tanto a artistas profissionais e estudantes de artes quanto a pessoas que desejem trabalhar a expressividade do corpo sem pretensões profissionais. A diversidade de participantes é bem vinda, pois torna o trabalho mais rico.
Sobre Conrado Falbo:
“Sou artista da cena, preparador vocal, dançarino de contato improvisação e músico vivendo e trabalhando em Recife-PE. Faço parte do Coletivo Lugar Comum desde 2011 e também sou pesquisador independente, com mestrado e doutorado na área de Teoria da Literatura. Meu trabalho artístico está focado nas possibilidades da voz em performance, utilizando tecnologia, improvisação e a dança como ferramentas criativas e formas de interação com o público”.
+ info: www.conradofalbo.com
(vagas limitadas)
Oficina VOZ E(M) MOVIMENTO – deixando o corpo SOAR
Sábado [25/07], das 8h as 18h
Coletivo Lugar Comum [Rua Capitão Lima, 210 – Santo Amaro, Recife]
Valor da inscrição: R$100
Para inscrever-se, clique AQUI!
Tem dança aberta a todos os corpos moventes que queiram trocar experiências no final de maio no Recife. Nos próximos dias 29, 30 e 31, o Coletivo Lugar Comum inaugura o projeto independente “Mantendo Contato”, que vai promover mensalmente Jam´s de Contato Improvisação e, esporadicamente, oficinas com nomes importantes na pesquisa da prática do Contato do Brasil e de outros lugares do mundo. A primeira oficina trará à capital pernambucana Hugo Leonardo Silva, da Bahia.
Hugo Leonardo dedica-se ao Contato Improvisação desde 2001, tendo atuado nos últimos anos em eventos nacionais e internacionais relacionados a esta prática, bem como em espetáculos e companhias independentes de dança contemporânea, tais qual o Grupo X de improvisação em Dança (BA) e o Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudivisual (IHAC-UFBA). É idealizador e diretor artístico do EmComTato Festival de Contato Improvisação da Bahia (2010, 2012, 2013). Mestre em Dança e Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. Autor dos livros “Poética da Oportunidade: Estruturas Coreográficas Abertas à Improvisação”, publicado pela EDUFBA (2009), e “Desabituação Compartilhada: contato improvisação, jogo de dança e vertigem”, Selo A Editora (2014).
A programação do encontro começa com a oficina, na sexta (29), das 19h às 22h; sábado (30), das 14h às 17h e domingo (31), também das 14h às 17h. A inscrição pode ser feita preenchendo o formulário disponível neste link. O valor da oficina é R$ 100,00. No domingo, encerrando esta primeira ação do “Mantendo Contato”, o Coletivo realiza uma Jam de Contato Improvisação a partir das 17h. O ingresso segue a proposta “Pague quanto puder”, é você quem escolhe quanto pagará para garantir a sua entrada.
Uma Jam de Contato Improvisação se configura como um espaço livre de compartilhamento e por isso não precisa ser bailarino para participar, é só chegar. O Coletivo Lugar Comum, coletivo de artistas pernambucanos formado em 2007 no Recife, vem realizando periodicamente Jam´s de Contato Imprivisação há três anos, desde 2011, desbravando um território onde os corpos moventes possam trocar experiências diversas.
O termo Jam vem da expressão jazz after midnight, quando os músicos de jazz americanos passaram a se encontrar depois do trabalho para improvisar livremente. Depois o termo Jam Session passou a ser usado também para os encontros de prática livre de Contato Improvisação. As Jam´s de dança são um espaço para o livre improviso de movimentos a partir do contato corporal. A Jam é um espaço de experimentações que promove compartilhamentos de criadores e público, num diálogo aberto entre corpos, estimulando a pesquisa prática em dança e propiciando novas vivências aos corpos, tenham ou não experiência na arte do movimento. Quem assiste a uma Jam de Contato Improvisação pode participar dançando, entrando e saindo da roda quando quiser; ou acompanhando o que se passa nos outros corpos e até mesmo no seu próprio corpo em repouso, como observador. O exercício é de encontro com a liberdade de escolhas a cada gesto vivenciado com o outro e consigo mesmo.
O Contato Improvisação foi proposto primeiramente por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
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