Coletivo no FIG 2011

Coletivo no FIG 2011

13 julho 2011,   Categories: ,   By ,   0 Comments,  

Foto do solo Pé de Saudade de Maria Agrelli

O Coletivo Lugar Comum participa da programação do Festival de Garanhuns de 2011 com quatro performances: Topografias do Feminino, de Liana Gesteira; Pé de Saudade, de Maria Agrelli; OSSevaO de Silvia Góes e Metamorfoses, de Renata Muniz. As performances serão apresentadas no dia 21 de julho, às 17h, na Casa das Artes.

Topografias do Feminino

Sinopse – A performance, criada pela bailarina Liana Gesteira em 2011, é uma investigação sobre gênero e identidade, que traz a tona uma reflexão da relação da mulher com o seu próprio corpo.

O corpo feminino como um território saturado de significados, sensações e simbologias. Um território habitado por heranças e narrativas. Uma topografia constituída com vulcões em estado de erupção, e também por espaços inabitados como um deserto. Um território que ecoa o som mais profundo de um abismo, ou a melodia mais singela de um riacho driblando as pedras em seu caminho. Constituído de carne e devires é o corpo-território feminino.

Pé de Saudade

Sinopse – Performance criada pela bailarina Maria Agrelli, que compartilha com o público a sensação da saudade, a memória que vira parte inextricável do próprio corpo. Um corpo-poesia, usando como metáfora uma árvore que deixa escorrer, doer, cair, respirar, em suas folhas-troncos-raízes, o movimento da vida. Deixar ir, desapegar, repartir, ficando enraizada a saudade, ela mesma o sentido de tudo. Um pé de saudade roxa se revelando aos poucos também dentro dos corpos que a tocam no caminho.

OSSevaO

Sinopse – Como libertar nosso corpo-palavra? Poetizar os sons, lapidar as letras até a rima primeira, indizível? Encontrar em meio aos garranchos acumulados no tempo aquele primeiro nome escrito antes da vida? Como reescrever outros textos livres nesse corpo já desertado, esvaziado, roubado de sua alma, desnudando sua densidade, textura, viscosidade, chegando ao outro como ele mesmo, arquétipo coletivo, totalmente despido e onde tudo cabe mais uma vez, exalando palavras invisíveis sem língua, liberando forças inconscientes que circulam à flor da pele?

A performance proposta pela bailarina Silvia Góes é uma busca, um corpo que procura o seu avesso, proporcionando novas descobertas a cada contato, a cada encontro… Corpo não-eu, corpo tu, corpo nós, corpo sermos e não-sermos, gerundiando a lida, nascendo e morrendo a cada segundo.

Metamorfoses

Sinopse – A performance da bailarina Renata Muniz é voz e corpo em criação constante, a dança como ser vivo, ecoando em movimentos as transformações que nos invadem, sejam elas desejos ou imposições. Tempo, espaço, cheiros, olhares, toques, tudo atravessa esse corpo aberto. Trans-forma-ação, o ato, o gesto, o grito, o silêncio, naquilo que vai além da forma, metamorfoseando no corpo o sentido do ser no mundo.


Leave a Reply