Bailarina, improvisadora reconhecida pela força do seu trabalho, coreógrafa, diretora, performer e professora de dança, a artista Dudude Herrmann (MG) está no Recife (PE) durante toda esta semana para a realização de uma residência artística com os integrantes do Coletivo Lugar Comum. O encontro vai culminar com uma apresentação pública dos resultados, uma intervenção poético-performada em algum espaço da cidade, no próximo sábado (19), pela manhã, a partir da experiência da intervenção urbana “Como habitar uma paisagem sonora”, trabalho de Dudude Herrmann em parceria com o artista Marcelo Kraiser. O local exato será definido ao longo das trocas diárias que estão acontecendo desde segunda, das 10h às 13h, na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua do Lima, 210, Santo Amaro. Com exceção desta quarta-feira, único dia em que os artistas se encontram à tarde, das 15h às 18h.
Com incursões em várias linguagens artísticas, da dança às artes plásticas, da música ao teatro, Dudude Herrmann atua no cenário brasileiro das artes cênicas desde o início da década de 70. Fez parte da geração formada pelo TransForma Centro de Dança Contemporânea, criado e gerido por Marilene Martins, onde permaneceu de 1970 a 1981, primeiramente como aluna e mais tarde como bailarina, professora, coreógrafa e durante um ano (1981) como diretora artística do Grupo TransForma. Foi nessa época que realizou seu primeiro trabalho coreográfico, Escolha seu Sonho. Desde então segue seu caminho, traçando sua trajetória no entendimento e na invenção de uma linguagem contemporânea de dança. Fundou e dirigiu a Benvinda Cia de Dança de 1992 até meados de 2007, no intuito de aprofundar e inventar uma dança conectada aos nossos anseios brasis. Pesquisa e experimentação avançam juntos no trabalho de Dudude Herrmann, que investiga a dança dentro de uma linguagem contemporânea, discutindo o humano do nosso tempo como fonte e recurso para seus trabalhos. Dudude está à frente de seu trabalho construindo lugares fomentadores e transformadores na questão do pensar, através de um corpo presente que escuta, registra e escreve a dança que o habita. Trabalhou como professora e/ou coreógrafa para o Grupo Galpão, Cia Burlantins, Grupo de Dança 1º Ato, Companhia de Dança do Palácio das Artes, Grupo do Beco do Conglomerado Santa Lúcia, Oficinão Galpão Cine-Horto.
O encontro com Dudude Herrmann é parte do projeto Contato Coletivo, que segue na semana de 21 a 27 de setembro, com oficinas, apresentações de performances e JAMs abertas ao público em geral com destaque para a prática do Contato Improvisação. Pela segunda vez, Recife, capital pernambucana, estará respirando a dança gerada na prática do Contato Improvisação durante uma semana com atividades diárias de manhã até a noite e a presença de nomes importantes na recente história do Contato em toda a América Latina. Para participar, basta se deixar mover pelo desejo da troca. O Contato Coletivo – II Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco, projeto idealizado pelo Coletivo Lugar Comum com incentivo do FUNCULTURA, recria espaços de encontro, de compartilhamentos, de investigação, de convivência, de parcerias e de afetos, onde o corpo é o suporte de todos os acontecimentos.
DANÇARINOS DO CHILE E DE VÁRIAS PARTES DO BRASIL SE ENTREGAM AO IMPROVISO DURANTE UMA SEMANA NA CIDADE DO RECIFE DURANTE O II ENCONTRO DE CONTATO IMPROVISAÇÃO DE PERNAMBUCO
As inscrições são gratuitas e estão abertas até esta segunda, dia 24 de agosto
Pela segunda vez, Recife, capital pernambucana, estará respirando a dança gerada na prática do Contato Improvisação durante uma semana com atividades diárias de manhã até a noite e a presença de nomes importantes na recente história do Contato em toda a América Latina. Para participar, basta se deixar mover pelo desejo da troca. O Contato Coletivo – II Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco, projeto idealizado pelo Coletivo Lugar Comum com incentivo do FUNCULTURA, recria espaços de encontro, de compartilhamentos, de investigação, de convivência, de parcerias e de afetos, onde o corpo é o suporte de todos os acontecimentos. As inscrições para as oficinas são gratuitas e estão abertas até a próxima segunda, dia 24 de agosto, pelo site www.contatocoletivo.com.br. A programação acontece de 21 a 27 de setembro. O resultado dos selecionados será divulgado por email para cada participante no dia 28 de agosto. Todas as oficinas vão acontecer na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua do Lima, 210, Santo Amaro, no período da manhã e tarde, sempre das 10h às 13h e das 15h às 18h.
As oficinas gratuitas trarão ao Recife os professores, pesquisadores e dançarinos Javiera Sanhueza (Chile), Ana Alonso (SC), Fernando Neder (RJ) e Hugo Leonardo (BA), quatro dos mais importantes na América Latina na divulgação, realização e construção da história do Contato Improvisação. Além das oficinas, as Jams vão movimentar as noites da cidade, das 19h às 21h30, em vários espaços culturais do Recife, uns dedicados à dança, outros às artes em geral, uns públicos, outros privados, recriando parcerias e movimentos. O termo Jam vem da expressão jazz after midnight, quando os músicos de jazz americanos passaram a se encontrar depois do trabalho para improvisar livremente. Depois o termo Jam passou a ser usado também para os encontros de prática livre de Contato Improvisação. As Jams de dança são abertas ao público em geral num espaço para o livre improviso a partir do contato corporal, promovendo trocas entre criadores e proporcionando igualmente novas vivências de movimento para quem tem e para quem não tem experiência em dança. Durante o encontro haverá ainda apresentações das performances “Corpo Ambiente” (RJ) e “Feito de Nós Mesmos” (PE) e algumas das Jams da agenda terão música ao vivo em movimento e criação também improvisados pelos músicos Caio Lima, Hugo Medeiros e Mateus Alves. Os espaços parceiros são: Compassos Cia de Danças, Coletivo Sexto Andar, CAC – Centro de Artes e Comunicação da UFPE, Espaço Experimental, Torre Malakoff e Espaço Vila. Todos os eventos noturnos são gratuitos e abertos ao público, é só ficar de olho na programação e chegar, nem precisa se inscrever.
O Contato Improvisação desenvolve um trabalho corporal, a partir do diálogo físico entre duas ou mais pessoas. Consiste num trabalho em dupla, ou em grupo, em que o peso e contrapeso são a chave para o movimento acontecer, de forma improvisada, mas consciente, na relação entre corpos. Não é necessário ser bailarino ou ter experiência anterior para participar das atividades. No site www.contatocoletivo.com.br você pode conferir os dias e horários da programação completa, as sinopses de cada oficina e também o currículo completo dos professores convidados.
SOBRE O CI – Segundo a dançarina e facilitadora Ana Alonso, “o Contato Improvisação é uma prática corporal de improvisação com foco na relação. Inspira-se no encontro entre as pessoas para além das palavras, em que a lógica e o significado não estão predefinidos em termos de movimentos. O que vai defini-los são os corpos e o meio que compartilham. Jogos de equilíbrio, apoio, fluxo de movimento e colaboração para que o movimento entre os corpos aconteça são comuns. Cumplicidade, confiança e intuição são fatores importantes desenvolvidos nessa prática, porque há interesse de acessar “um outro eu mesmo”, “o outro” e “um outro acontecimento” e de nisso se revelar o inesperado, pois se busca experimentar na relação liberdade frente a certos pré-determinismos sociais. A prática do Contato Improvisação promove, em geral, transformação do uso do corpo e do fluxo do movimento, e se dá em íntima interdependência dos corpos no diálogo. Com isso, cria comunicação com a oportunidade de, ao mesmo tempo, jogar com paradigmas socioculturais e também recriar o mundo, por meio do diálogo de interações a cada encontro”.
O site Contato Improvisação Brasil (contatoimprovisacao.wix.com/cibr) traz mais detalhes sobre a presença da prática no Brasil e no mundo, o calendário dos encontros e a história do CI.
O Contato Improvisação foi proposto em sua origem por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
O pernambucano Coletivo Lugar Comum acaba de abrir inscrições para oficina Multiplicando olhares sobre o corpo que dança. As aulas terão início no dia 19 de agosto e acontecerão sempre às quartas-feiras, durante quatro meses. Para se inscrever basta enviar breve currículo e carta de intenção (com 10 linhas no máximo) destacando também se a disponibilidade de horário do aluno ou aluna é nas quartas pela manhã ou à tarde ou nos dois turnos. O endereço é [email protected]. As inscrições estarão abertas até o dia 12 de agosto e os alunos selecionados receberão retorno por e-mail até o dia 16 de agosto. São ao todo 20 vagas, sendo dez vagas para pessoas cegas. A oficina é voltada para alunos iniciantes, a partir dos 16 anos, interessados em compartilhar novas experiências e novos olhares sobre o corpo e o movimento. As aulas e a inscrição são gratuitas e acontecerão na sede do Coletivo Lugar Comum, na Rua Capitão Lima, 210, no bairro de Santo Amaro, Recife/PE.
A oficina de iniciação em dança Multiplicando olhares sobre o corpo que dança vai abordar aspectos teóricos sobre o movimento, anatomia e diferentes técnicas presentes no universo e na história da dança através da leitura de textos e discussões, além de exercícios práticos desenvolvidos a partir da experiência corporal das artistas Maria Agrelli, Renata Muniz e Silvia Góes, do Coletivo Lugar Comum. Ao todo são quatro meses de aulas práticas e teóricas de iniciação em dança dedicadas ao desenvolvimento de um trabalho de conscientização pelo movimento em que a sensibilização aconteça também pela troca em sala de aula entre pessoas cegas e outras pessoas sem deficiência aparente interessadas na experiência de compartilhar descobertas corporais a partir deste encontro.
O projeto, incentivado pelo FUNCULTURA, engloba também a realização de eventos artísticos na sede do Coletivo Lugar Comum, somados a debates e discussões focados prioritariamente no público cego, cuja voz será o norte para novas propostas que possam transformar a relação de sua presença nos espetáculos de dança com acessibilidade oferecidos em Pernambuco. A cada mês, grupos e artistas que já apresentaram espetáculos com áudio-descrição ao longo de sua trajetória serão convidados para um evento artístico, com apresentações seguidas de debates. A proposta é que o encontro se consolide como um espaço aberto para troca de saberes entre profissionais das artes cênicas que têm interesse em investir em acessibilidade, profissionais da área de acessibilidade propriamente dita e o público cego da cidade, criando um território onde dar e receber se misturem, proporcionando assim um melhor conhecimento das necessidades e desejos particulares e compartilhados no sentido de impulsionar a presença das pessoas cegas nos espetáculos e teatros locais.
Além de aproximar o público cego da vivência corporal em dança trazendo elementos de técnicas diversificadas, o projeto Multiplicando olhares sobre o corpo que dança, através das discussões e de um Blog que será alimentado ao longo da trajetória, vai traçar um panorama sobre facilidades e dificuldades, acertos e erros na busca pela garantia da acessibilidade aos espetáculos como direito do público cego e prioridade de investimento dos grupos e artistas de Pernambuco. Tudo isso poderá servir de instrumento para qualquer artista, produtor, grupo ou entidade pública ou privada que pretenda ampliar a presença do público cego às obras criadas e apresentadas no Estado, fazendo com que o desejo da troca se realize e os equipamentos de áudio-descrição nos espetáculos sejam mais do que recursos silenciosos esperando ansiosamente por um público que não chegou ainda.
FOTOS: espetáculo de dança LEVE, do Coletivo Lugar Comum, o primeiro de dança em Pernambuco que realizou uma temporada inteira com acessibilidade. Fotografias de Silvia Góes.
Estão abertas até o dia 14 de agosto as inscrições para o workshop “Estar Suspenso”, um trabalho que une dança e acrobacias circenses em equipamentos aéreos, numa busca por novas conexões com o movimento. A iniciativa trará ao Recife a atriz, bailarina e acrobata Carol Cony (RJ). Terá duração de dois dias e vai acontecer nos dias 22 e 23 de agosto, das 9h às 13h, no Espaço Vila, em Santo Amaro, Recife/PE. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do formulário disponível no blog aereoimprovisado.wordpress.com ou direto através do link aereoimprovisado.wordpress.com/inscrições/. A seleção dos 15 participantes será feita pela equipe do projeto e o resultado final divulgado no dia 17 de agosto. Durante o encontro os participantes poderão vivenciar uma nova maneira de se movimentar sobre os aparelhos aéreos com exercícios voltados para a composição cênica. Os alunos entrarão em contato com novas possibilidades criativas, tanto no chão quanto nos aparelhos aéreos circenses (trapézio e tecido acrobático), podendo dar continuidade ao trabalho em sua pesquisa pessoal.
Carol Cony vive no Rio de Janeiro desde 2003 e atuou no elenco do grupo de circo Intrépida Trupe, de 2006 a 2011. Participou de importantes festivais nacionais e internacionais como: Festival Europália (Bélgica-Bruxelas), Festival de Teatro de Quito (Equador), Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte (MG), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Festival de Circo do Brasil (PE-Recife), Festival Internacional SESC de Circo (2013), entre outros. Dirigiu e atuou no espetáculo Circo Strada, que realizou duas temporadas no jardim do Museu da República (2012/13) atingindo mais de 400 pessoas por dia. Entre os prêmios recebidos estão o de melhor número de circo na mostra do Fil, com o número de trapézio Tarja Preta em 2012 e melhor companhia profissional com o número de trapézio “Juguete para dos Nenas”, com Juliana Medella e dirigido por Raquel Karro.
A realização do workshop integra a programação do projeto de pesquisa “Aéreo Improvisado”. A proposta parte da fricção, da interseção e descoberta de atravessamentos entre o Contato Improvisação (assim como outras práticas ancoradas no improviso e utilizadas no treinamento do corpo que dança) e a técnica do trapézio e tecido acrobático, com a proposta de subverter o uso do aparelho aéreo circense, gerando novas criações. Serão ao todo seis meses de trabalho, com atividades abertas a artistas, estudantes e professores de circo e dança e ao público em geral interessado na prática da acrobacia aérea. O projeto, idealizado pela artista Lorena Cronemberger, do Coletivo Lugar Comum, com incentivo do FUNCULTURA, envolve treinamento técnico dos aparelhos com encontros semanais; orientação prática de Contato Improvisação com a bailarina Liana Gesteira (Coletivo Lugar Comum – PE); além de uma mini residência e deste workshop com a bailarina e acrobata Carol Cony (RJ) e mais uma apresentação pública dos resultados ao final do percurso. É circo e dança, voo e salto, mergulho e contato. A subversão do encontro no movimento do ar. Ventos, balanços, pesos e raízes, criando espaços outros, próprios, tempo e gravidade desenhando assombros, horizontes verticais na expressão do corpo artístico em criação constante.
Antecedendo a realização do workshop, de 17 a 21 de agosto, acontece uma mini residência, proporcionando um encontro de experiências entre a pernambucana Lorena Cronemberger e a artista Carol Cony. As práticas serão focadas na construção de um corpo extra–cotidiano e cênico no aparelho aéreo, subvertendo os movimentos tradicionais e criando uma pesquisa baseada nas diferentes qualidades de movimentação, com o intuito de gerar “aberturas criativas” durante o processo a partir dos movimentos-sequencias vivenciados sobre, sob, ou em torno do aparelho.
A orientação prática de Contato Improvisação conta com a participação da bailarina Liana Gesteira, que atua em Pernambuco e vive a dança há mais de vinte anos. Liana é artista integrante do Coletivo Lugar Comum desde 2009. É especialista em Dança pela Faculdade Angel Vianna/Compassos (2011). Iniciou seus estudos em dança pela técnica de balé clássico em 1990. Profissionalmente integrou o elenco do Grupo Experimental (1999/2001), o Grupo Grial (2003/2005) e a Cia. Etc (2009 a 2012) desenvolvendo sua formação na área de dança contemporânea. Entre 2005 e 2008 residiu em Brasília, desenvolvendo sua formação na área de dança contemporânea a partir de aulas com Luciana Lara (ASQ Companhia de Dança) e de Contato e Improvisação, com Giovani Aguiar (DF). Entre 2011 e 2013 aprofundou seu conhecimento em Contato Improvisação tendo aulas com os professores Ricardo Neves (SP), Eckhard Muller e Daniela Schwartz (ARG), Paulo Mantuano (RJ), Hugo Leonardo (BA), Camillo Vacalebre (Ita), Duda Freyre (PE), Autarco Arfini (ARG), Guto Macedo (RJ), Ana Alonso (SC) e Catalina Chouhy (URG). Em 2013, foi coordenadora geral do “Contato Coletivo – I Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco”, promovido pelo Coletivo Lugar Comum em Olinda.
O projeto, incentivado pelo FUNCULTURA, fundo de incentivo à cultura do Governo de Pernambuco, acontece a partir de uma parceria com o Coletivo Lugar Comum e o Espaço Vila.
“A ampliação da prática de aéreo é um desafio, dado que se trata de uma prática onde a técnica é utilizada de forma limitada, em contradição com o risco que a atividade abarca”, diz Lorena Cronemberger. “O Contato Improvisação desenvolve um trabalho corporal de conscientização e potencialização da presença a partir do diálogo físico entre duas ou mais pessoas e trazer o Contato Improvisação para essa pesquisa tem como pressuposto ampliar a interação do artista circense com o próprio aparelho, entendendo-o como um outro corpo. Além disso, o trabalho de Contato Improvisação desenvolve no indivíduo a capacidade de realizar movimentos físicos com mais consciência e paciência. Também auxilia no desenvolvimento da expressividade, propiciando um momento em que a pessoa possa mergulhar de maneira mais aprofundada nas próprias ações, atitudes e imaginação”, completa.
O Contato Improvisação foi proposto em sua origem por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
SERVIÇO:
Workshop ESTAR SUSPENSO
com Carol Cony (RJ)
Dias 22 e 23 de agosto
Das 9h às 13h
Inscrições gratuitas pelo Blog: aereoimprovisado.wordpress.com/inscrições/
Onde: Espaço Vila, Rua Radialista Amarílio Nicéas, nº76, Santo Amaro, Recife/PE (Em frente ao prédio da TV Jornal).
Venha soltar a voz com a gente!
O Coletivo Lugar Comum promove oficina com Conrado Falbo no dia 25/07.
A proposta é enfocar a improvisação com movimento como ferramenta para a expressão sonora do corpo. O trabalho será realizado ao longo de um dia de imersão, e é direcionado tanto a artistas profissionais e estudantes de artes quanto a pessoas que desejem trabalhar a expressividade do corpo sem pretensões profissionais. A diversidade de participantes é bem vinda, pois torna o trabalho mais rico.
Sobre Conrado Falbo:
“Sou artista da cena, preparador vocal, dançarino de contato improvisação e músico vivendo e trabalhando em Recife-PE. Faço parte do Coletivo Lugar Comum desde 2011 e também sou pesquisador independente, com mestrado e doutorado na área de Teoria da Literatura. Meu trabalho artístico está focado nas possibilidades da voz em performance, utilizando tecnologia, improvisação e a dança como ferramentas criativas e formas de interação com o público”.
+ info: www.conradofalbo.com
(vagas limitadas)
Oficina VOZ E(M) MOVIMENTO – deixando o corpo SOAR
Sábado [25/07], das 8h as 18h
Coletivo Lugar Comum [Rua Capitão Lima, 210 – Santo Amaro, Recife]
Valor da inscrição: R$100
Para inscrever-se, clique AQUI!
Tem dança aberta a todos os corpos moventes que queiram trocar experiências no final de maio no Recife. Nos próximos dias 29, 30 e 31, o Coletivo Lugar Comum inaugura o projeto independente “Mantendo Contato”, que vai promover mensalmente Jam´s de Contato Improvisação e, esporadicamente, oficinas com nomes importantes na pesquisa da prática do Contato do Brasil e de outros lugares do mundo. A primeira oficina trará à capital pernambucana Hugo Leonardo Silva, da Bahia.
Hugo Leonardo dedica-se ao Contato Improvisação desde 2001, tendo atuado nos últimos anos em eventos nacionais e internacionais relacionados a esta prática, bem como em espetáculos e companhias independentes de dança contemporânea, tais qual o Grupo X de improvisação em Dança (BA) e o Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudivisual (IHAC-UFBA). É idealizador e diretor artístico do EmComTato Festival de Contato Improvisação da Bahia (2010, 2012, 2013). Mestre em Dança e Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. Autor dos livros “Poética da Oportunidade: Estruturas Coreográficas Abertas à Improvisação”, publicado pela EDUFBA (2009), e “Desabituação Compartilhada: contato improvisação, jogo de dança e vertigem”, Selo A Editora (2014).
A programação do encontro começa com a oficina, na sexta (29), das 19h às 22h; sábado (30), das 14h às 17h e domingo (31), também das 14h às 17h. A inscrição pode ser feita preenchendo o formulário disponível neste link. O valor da oficina é R$ 100,00. No domingo, encerrando esta primeira ação do “Mantendo Contato”, o Coletivo realiza uma Jam de Contato Improvisação a partir das 17h. O ingresso segue a proposta “Pague quanto puder”, é você quem escolhe quanto pagará para garantir a sua entrada.
Uma Jam de Contato Improvisação se configura como um espaço livre de compartilhamento e por isso não precisa ser bailarino para participar, é só chegar. O Coletivo Lugar Comum, coletivo de artistas pernambucanos formado em 2007 no Recife, vem realizando periodicamente Jam´s de Contato Imprivisação há três anos, desde 2011, desbravando um território onde os corpos moventes possam trocar experiências diversas.
O termo Jam vem da expressão jazz after midnight, quando os músicos de jazz americanos passaram a se encontrar depois do trabalho para improvisar livremente. Depois o termo Jam Session passou a ser usado também para os encontros de prática livre de Contato Improvisação. As Jam´s de dança são um espaço para o livre improviso de movimentos a partir do contato corporal. A Jam é um espaço de experimentações que promove compartilhamentos de criadores e público, num diálogo aberto entre corpos, estimulando a pesquisa prática em dança e propiciando novas vivências aos corpos, tenham ou não experiência na arte do movimento. Quem assiste a uma Jam de Contato Improvisação pode participar dançando, entrando e saindo da roda quando quiser; ou acompanhando o que se passa nos outros corpos e até mesmo no seu próprio corpo em repouso, como observador. O exercício é de encontro com a liberdade de escolhas a cada gesto vivenciado com o outro e consigo mesmo.
O Contato Improvisação foi proposto primeiramente por Steve Paxton, dançarino e coreógrafo americano, em 1972. Ele estava interessado em descobrir como a improvisação em dança poderia facilitar a interação entre os corpos, suas reações físicas, e em como proporcionar a participação igualitária das pessoas em um grupo, sem empregar arbitrariamente hierarquias sociais. Paxton chamou a dança de contact improvisation porque descrevia exatamente o que eles estavam fazendo. Ele buscava explorar os aspectos físicos no trabalho como valor neutro: o que era possível fazer, e não o que pareceria esteticamente. De acordo com Paxton, “a estética ideal do Contato Improvisação é um corpo totalmente integrado”. Steve Paxton nasceu e foi criado no Arizona, e trouxe muitas linhas de treinamento do movimento em sua dança. Foi atleta, ginasta, artista marcial e um dançarino moderno. No início de 1960, Steve dançou na companhia de Merce Cunningham e participou das transformações da dança nos anos 60 no mundo.
O pernambucano Coletivo Lugar Comum invade espaços públicos de grande fluxo de passageiros, com “ocupações artísticas” no Recife, João Pessoa e Maceió, para apresentação aberta e gratuita dos resultados da pesquisa Trânsito Coletivo, desenvolvida ao longo do último ano de 2014. A série de apresentações de performances coletivas e individuais acontecerão sempre a partir do início da manhã, no embarque, e entre partidas, chegadas e permanências movimentarão estes espaços até o pôr-do-sol, ao longo do dia. No dia 31 de março a ocupação artística parte da Estação Central do Metrô no Recife, às 10h30, passando pela Estação Joana Bezerra e chegando ao Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre. No dia 02 de abril, da Estação Central, o grupo partirá em direção à Estação Barro e chegará ao TIP Recife. No dia 03 de abril sai do TIP Recife no início da manhã e chegará à rodoviária de João Pessoa e no dia 05 de abril, do TIP Recife à rodoviária de Maceió, partindo às 7h30 da capital pernambucana.
Voz, silêncio, escuta, corpo, movimento, troca… Muitos foram os encontros, inúmeras as descobertas, infinitos os caminhos a seguir adiante. O projeto Trânsito Coletivo tem incentivo do FUNCULTURA, fundo de incentivo à cultura do Governo de Pernambuco e também ganhou versão expandida com ações na Paraíba e Alagoas, contemplado nacionalmente pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2013, do Governo Federal. Trânsito Coletivo é uma pesquisa prático-teórica continuada de um ano, desenvolvida a partir do estudo da presença cênica experimentada em lugares onde a atenção dos passantes normalmente não é fixada em estímulos externos por muito tempo, justamente pela característica de transitoriedade relacionada a estes espaços, colocando a arte da dança e performance como elemento provocativo na paisagem cotidiana em pontos estratégicos e representativos da correria e do vai e vem que acompanha os movimentos humanos. O mergulho enfocou múltiplas, coletivas e singulares abordagens sobre o movimento dos corpos e comportamentos em lugares de trânsito com grande fluxo de pessoas e agora, com as performances, os artistas devolvem a estes lugares os sentimentos, impressões, assombros, em forma de arte. Os locais escolhidos para a realização da pesquisa foram o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, TIP – Terminal Integrado de Passageiros de Pernambuco e Metrô Recife, além das intervenções nos terminais rodoviários de Maceió/AL e João Pessoa/PB, expandindo os resultados para outros estados da região Nordeste.
Entre textos, filmes, visitas de escuta e intervenções desenvolvidas nos locais da pesquisa, o projeto também envolveu duas residências gratuitas e abertas a outros grupos e artistas em atuação no Nordeste com a participação de integrantes do Lugar Comum, além de artistas independentes e atores e bailarinos de outros grupos em atuação nas artes cênicas, como a pernambucana Duas Companhias, o baiano/pernambucano CoMteMpu´s, a Compassos Cia. de Danças e o Grupo Totem, promovendo a troca entre profissionais da região e duas artistas brasileiras reconhecidas nacionalmente e internacionalmente na arte da performance: Michelle Moura (PR) e Micheline Torres (RJ).
SERVIÇO:
Mais informações: https://transitocoletivo.wordpress.com/
Ocupações artísticas com apresentações de performances coletivas e individuais do início da manhã ao pôr-do-sol:
31/03 – apresentação de performances – Metrô/Aeroporto (Recife/PE)
02/04 – apresentação de performances – Metrô/TIP (Recife/PE)
03/04 – apresentação de performances – saída do TIP Recife com apresentações na Rodoviária de João Pessoa/PB
05/04 – apresentação de performances – saída do TIP Recife com apresentações na Rodoviária de Maceió/AL
A partir de 31 de março, o Coletivo Lugar Comum invade espaços públicos de grande fluxo de passageiros para dar início a uma série de apresentações com performances coletivas e individuais em três capitais da região Nordeste. A primeira ocupação artística, no dia 31, no Recife (PE), parte da Estação Central do Metrô, passando pela Estação Joana Bezerra e chegando ao Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre. No dia 2 de abril, o grupo segue da Estação Central em direção à Estação Barro até a chegada ao TIP (Terminal Integrado de Passageiros) do Recife. No dia 3 de abril, os artistas saem do TIP Recife no início da manhã e chegam à rodoviária de João Pessoa (PB); e, no dia 5 de abril, do TIP Recife à rodoviária de Maceió (AL). As ações fazem parte do projeto Trânsito Coletivo, que foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013 e tem o apoio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE).
Utilizando a dança e a performance como elementos provocativos na paisagem cotidiana, o projeto investiga o movimento dos corpos e os comportamentos em lugares de trânsito e com grande fluxo de pessoas.O trabalho foi desenvolvido a partir do estudo da presença cênica em lugares desse tipo, onde a atenção dos passantes, normalmente, não é fixada em estímulos externos por muito tempo, justamente pela característica da transitoriedade relacionada a estes espaços.
Entre leitura de textos, pesquisas de filmes e ações desenvolvidas nos locais da pesquisa, o projeto também envolveu duas mini residências com a participação de integrantes do Lugar Comum, além de artistas independentes, atores e bailarinos de outros grupos, como a pernambucana Duas Companhias, o baiano/pernambucano CoMteMpu´s, a Compassos Cia. de Danças e o Grupo Totem, promovendo a troca entre profissionais em atuação no Nordeste com duas artistas reconhecidas nacionalmente na arte da performance: Michelle Moura e Micheline Torres.
Mais informações (clique aqui)
Serviço
Ocupações artísticas com apresentações de performances coletivas e individuais das 10h30 ao pôr-do-sol:
31/03 – apresentação de performances – Metrô/Aeroporto (Recife/PE)
02/04 – apresentação de performances – Metrô/TIP (Recife/PE)
03/04 – apresentação de performances – saída do TIP Recife com apresentações na Rodoviária de João Pessoa/PB
05/04 – apresentação de performances – saída do TIP Recife com apresentações na Rodoviária de Maceió/AL
O Coletivo Lugar Comum promove, a partir de abril, aulas regulares de Contato Improvisação com Conrado Falbo.
Os encontros acontecem todas as quartas-feiras, às 19h, na sede do coletivo, no bairro de Santo Amaro.
Sobre o Contato Improvisação
O Contato Improvisação é uma forma de dança criada pelo dançarino e coreógrafo norte-americano Steve Paxton nos anos 1970. Sua técnica é baseada no contato físico como ponto de partida para uma investigação das possibilidades do corpo por meio da improvisação com movimento. Não é necessário ter experiência em dança ou um condicionamento físico excepcional para praticar Contato Improvisação. Como sua base formal é aberta (pois fundamentada no improviso), não existem limitações físicas, etárias ou técnicas que impeçam sua prática. No mundo inteiro, pessoas com os mais variados perfis são beneficiadas diariamente por esta poderosa e versátil ferramenta que auxilia no desenvolvimento da consciência corporal, do autoconhecimento e da expressividade artística. Trata-se de uma prática ideal tanto para quem quer trabalhar a expressão corporal sem pretensões profissionais no campo das artes quanto para artistas da cena que desejem aprofundar-se na investigação de suas potencialidades técnicas. Esta diversidade de praticantes e interesses apenas enriquece as danças e tende a tornar as investigações mais frutíferas pelo convívio com a diferença.
+ info
www.contatoimprovisacao.wix.com/cibr
Sobre as aulas
Em vez de mostrar movimentos e manobras a serem copiados, são propostos temas e estruturas de trabalho a partir dos quais cada participante escolhe como conduzir sua própria investigação, sempre sob orientação cuidadosa do facilitador. Esta estrutura busca respeitar as especifidades de cada corpo e de cada forma de se relacionar com o movimento e com outros corpos, sempre garantindo oportunidades de improvisar livremente para aplicação lúdica das questões trabalhadas. São abordados temas como consciência e interações de peso, encaixes, padrões de movimentos e desabituação, qualidades de toque, jogos de composição entre muitos outros.
Sobre Conrado Falbo
Músico, performer, preparador vocal, professor e pesquisador. Mestre e Doutor em Teoria da Literatura pela UFPE com pesquisa sobre voz e performance. Ao lado dos demais artistas do Coletivo Lugar Comum (PE), pratica e investiga o Contato Improvisação desde 2010, além de organizar jams, oficinas e encontros que fomentam esta prática. Integra a equipe de produção do encontro “Contato Coletivo“ (promovido bienalmente pelo Coletivo Lugar Comum em Olinda) e do “Encontro Diamantino de Contato Improvisação” (realizado anualmente na Chapada Diamantina, BA). Participou de oficinas com professores e dançarinos como Sasha Bezrodnova (Rússia), Camillo Vacalebre (Itália), Catalina Chouy (Uruguai), Ricardo Neves (SP), Autarco Arfini (Argentina), Hugo Leonardo (BA), Lior Ophir (Israel), Gustavo Lecce (Argentina), Tal Avni (Israel), Gabriel Forestieri (EUA), Daniela Schwartz (Argentina) e Eckhard Muller (Alemanha).
SERVIÇO
Aulas regulares de Contato Improvisação com Conrado Falbo
Quartas-feiras, das 19h às 21h (a partir de Abril)
Coletivo Lugar Comum, Rua Capitão Lima, 210 (ao lado do Jornal do Commercio)
Mensalidade: R$100,00
Contato (Conrado Falbo): 9929 0048 / [email protected]
Por que Motim? Porque não queremos separar o corpo de sua potência.
Estamos nos amotinando contra um corpo que apenas percorre objetivos. O que nos interessa: um corpo que ri e que erra. Nosso motim é contra séculos de desvalorização do riso. Queremos estar dentro do riso e vivenciar seu prazer, sua saúde, sua inteligência e sua capacidade de contagiar.
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