Coletivo no Projeto Modos de Existir (SESC-SP)

 

O evento vai movimentar o SESC Santo Amaro (SP) dos dias 28 de agosto a 02 de setembro unindo coletivos de criação artística em dança de todo o Brasil. O pernambucano Coletivo Lugar Comum foi convidado para participar da programação artística, com a Noite de Performances Corpos Compartilhados, no próximo dia 28 de agosto e também coordena a última mesa de debates da programação, dia 02 de setembro.

 

            A partir desta terça (28), coletivos de criação artística em dança de várias partes do Brasil se reúnem em São Paulo, na programação do Projeto Modos de Existir, do SESC Santo Amaro. De acordo com a organização, o projeto pretende discutir as várias maneiras de existir da dança e como ela habita o espaço cultural. Estas discussões terão como ponto de partida a produção de dança contemporânea por meio de apresentações, encontros, workshops e debates, levando em consideração a diversificação das formas de produção da dança como linguagem artística nos aspectos criativo e econômico. O encontro que começa nesta terça corresponde ao primeiro módulo do programa, focado nos coletivos. A ideia é ainda este ano, em novembro, reunir as companhias e grupos.

            Além do Coletivo Lugar Comum (PE), participam o Coletivo O12 (SP), Dimenti (BA), Agregado de Artistas (SP), Couve-flor (PR), Sala 209 (RS), Núcleo do Dirceu (PI), Coletivo de Criação (MG) e Micheline Torres (RJ). Durante uma semana, de 28/08 a 02/09, haverá encontros provocativos com debates abertos e entrada gratuita sempre às 15h. A cada tarde um grupo vai coordenar a mesa. O Coletivo Lugar Comum encerra a programação dos Encontros Provocativos com o tema “Mobilidade como vantagem e desvantagem”, discutindo o artista do coletivo e a possibilidade de atuar em vários espaços e com várias pessoas ao mesmo tempo, no domingo, dia 02 de setembro.

            Todas as noites haverá apresentações abertas ao público. O Coletivo Lugar Comum será o primeiro a se apresentar, com o trabalho Corpos Compartilhados, na terça (28), às 21h. O espetáculo conquistou o prêmio do público no último Janeiro de Grandes Espetáculos, no Recife.

A Noite de Performances Corpos Compartilhados é composta por quatro solos de dança: Topografias do Feminino, solo de Liana Gesteira; OSSevaO (que é a expressão “o avesso” escrita ao contrário), de Silvia Góes; Pé de Saudade, de Maria Agrelli e Valsa.me, de Cyro Morais. Os trabalhos foram criados por integrantes do Coletivo Lugar Comum a partir de um pensamento de performance e têm em comum a proposta de dançar em seus corpos as memórias e vivências, nossas e dos outros que nos habitam. Com uma disposição cênica que prioriza a aproximação com o público, os Corpos Compartilhados proporcionam uma noite intimista e sensorial, compartilhando com todos os presentes ideias e sentimentos, memórias e criações. O Coletivo Lugar Comum é formado por 12 artistas: Maria Agrelli, Renata Pimentel, Roberta Ramos, Paloma Granjeiro, Luciana Raposo, Cyro Morais, Conrado Falbo, Priscilla Figueiroa, Silvia Góes, Liana Gesteira, Renata Muniz e Juliana Beltrão.

(Mais informações sobre o evento do SESC Santo Amaro em http://santoamaroemrede.wordpress.com/modos-de-existir ou em www.sescsp.org.br).

 
Oficina com Paulo Mantuano (RJ)

Oficina com Paulo Mantuano (RJ)

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Considerado uma das principais referências no desenvolvimento e divulgação da técnica do Contato Improvisação no Brasil nos últimos anos, Paulo Mantuano (RJ) esteve no Recife neste mês de agosto e realizou, no Centro Cultural Correios, uma oficina promovida pelo Coletivo Lugar Comum em parceria com a Faculdade Angel Vianna.

Formado em dança pela Escola Angel Vianna em 1989, Paulo Mantuano inclui o Contato Improvisação em seu processo de ensino e criação a partir de 1994 e desde então a técnica se torna o seu principal elemento na abordagem do movimento tanto didaticamente como em performances. Entre os principais grupos que participou em Contato Improvisação estão o formado por diversos profissionais com supervisão de Bruce Curtis, norte-americano que participou das origens nos anos 70 do C.I. e o Núcleo Com Tato, cujo objetivo foi a pesquisa, reciclagem e divulgação da técnica no Rio de Janeiro, nos anos 90, formado por ele, Fernando Neder e Guto Macedo.

A técnica do C.I. consiste num trabalho em dupla, ou em grupo, em que o peso e contrapeso são a chave para o movimento acontecer, de forma improvisada, mas consciente, na relação entre corpos.